Ei, gente linda! Demorei, mas voltei o//
E aí, como vocês estão? As festas foram boas? Tudo certinho?
A minha viagem foi ótima, descansei um monte, super necessário. Foi bem legal a distribuição daquele mundo de presentes, e os das crianças lá da roça, muita emoção: elas amaram! E as meninas nem queriam abrir o pacote, achando lindo o embrulho. Valeu a pena meus dias dedicados a isso :)
Daí que marido e eu íamos voltar de Minas mesmo, mas num dia acordei e cismei que queria ir pra Aracaju também, ver meu irmão e tal. Entrei na internet e adivinhem? Achamos uma passagem que não valia um rim, iupii!! Isso mais as milhas do meu lindo pai, possibilitaram que subíssemos com eles de carro até Sergipe. Ficamos 3 dias lá. No dia 01, 01:30 da manhã (sim, logo depois da virada!! rs) voamos de volta pra casa.
Meus pais chegaram ontem (05/01) e minha afilhada linda veio junto, vai passar uns dias aqui com a gente.
Nosso paraíso familiar - e esse céu lidimais das Minas Gerais.
Mas agora vamos falar da gestação \o/
Pelo primeiro ultrassom que fiz (com 5 semanas e 5 dias), sexta-feira entramos na 12º semana! Uau, até que passou rápido, né?!
Os sintomas deram uma boa acentuada. Quer dizer, durante a viagem (a ida mesmo, de carro), não foi fácil comer em qualquer ponto de parada. Ainda bem que compramos bastante coisa pra ir comendo no caminho, foi o que me salvou.
E nessa semana até consegui passar o café, um verdadeiro milagre, visto que antes eu não podia nem sentir o cheiro de longe. Mas ainda não estou podendo pensar muito em sorvete da kibon (não falem o nome tablito, ainda mais o de massa - sim, é o meu preferido - porque meu estômago revira na hora. Não tá fácil ser eu, haha). Ainda é difícil comer carne todos os dias (a não ser peixe). No mais tá tudo bem.
Vacilei e não deixei marcado ainda em dezembro o ultrassom morfológico do 1º tri. Pense numa dificuldade pra encontrar vaga e/ou um lugar que não me arranque os olhos da cara? Meu convênio ainda não cobre o morfológico, só acaba a carência em fevereiro, e nos lugares que liguei perguntando custava uns 600,00! Eu não sei vocês, mas eu não pago 600,00 num exame nem aqui nem na China! Ou então, quando achava um que eu pudesse pagar, não tinham vagas para as datas que eu podia. Consegui, depois de muita labuta, uma vaguinha semana que vem, dia 14, já nas vésperas de fazer 14 semanas (ou seja, a data limite!).
Nesse primeiro trimestre, me senti um recém-nascido, completamente. Muitas sensações, o tempo todo. Muita incapacidade de transmitir ao mundo o tanto que se passa aqui dentro. Muito choro quando a coisa aperta e quando a coisa afrouxa também. Um pouco de dificuldade de lidar com a comida - e às vezes, sentir fome sem conseguir comer (e daí, então, fazer a única coisa que resta: chorar!). Ou seja, se é assim pra nós, adultas, imaginem pros bichinhos que acabaram de chegar nesse mundão? Tenhamos paciência com nossos recém-nascidos. Eles só precisam de amor e muita paciência - experiência própria!
E aí, quando a gente acha que está tudo bem, que está ficando tudo mais brando, já imaginando as alegrias do segundo trimestre, ela aparece pra me assombrar. Ela, a temida, a horrorosa, a coisa-ruim... a sombra! A nossa própria sombra. Aquela, que todas temos, e que só se revela quando estamos sensíveis e desprevenidas.
De vez em quando aquele medinho básico de passar pela mesma coisa duas vezes bate aqui na porta, mas eu vejo logo de quem se trata e ignoro; normal, fazia parte do script. Eu estava bem, levando numa boa essa gestação.
Mas nesses últimos dias a coisa pegou. Acho que ela entrou pela janela, enquanto eu dormia, só pode ter sido isso. Durante uns dois dias (sexta e sábado, eu acho), mais ou menos pela hora do almoço, a coisa começou a pegar e eu ficava com medo. Ontem não sei o que aconteceu, só sei que acordei com uma dor no corpo horrorosa, coisa péssima mesmo, do nada. E com a cabeça pesada. Achei que ia gripar, ou coisa parecida. Quando almocei, botei tudo pra fora imediatamente. Vomitei um monte e, estranhamente, me senti um pouco melhor, menos pesada. Mas o corpo doeu o dia todo, sem trégua. Consegui comer pouquíssimo. E junto com tudo isso o medão bateu.
"E se tiver acontecendo alguma coisa errada?",
"e se já tiver acontecido?",
"não quero saber o que está acontecendo porque minha médica tá viajando e quero o apoio dela pra qualquer coisa", "
quero fazer um ultrassom imediatamente!". Um inferno, minhas amigas! Não sei como marido me aguentou. Mas assim, não dura o tempo todo-todo minuto. É um intensivão e depois passa. E depois volta. E depois passa.
Conversando com marido, percebi que esse medo sempre vem na mesma hora. Adivinhem qual? A hora em que eu soube, pelo ultra, que bolota já tinha ido embora. Sombra, minhas caras, sombra. E também sei que tá chegando a "data-limite" que se instaurou na minha cabeça: 14 semanas (e não sei quantos dias). Porque foi quando as coisas começaram a parar de evoluir da outra vez.
Vejam bem, eu não acho que um raio caia duas vezes de maneira
tão igual no mesmo lugar. Se fosse pra acontecer algo ruim (todas bate na madeira 50 vezes) teria que ser diferente, não é? Estou me agarrando nisso. Mas a minha insegurança se reside no fato de que, da outra vez, mesmo estando tão ligada na gravidez e me sentindo conectada com bolota, tudo aconteceu lentamente aqui dentro e eu não me dei conta. Não me culpo por isso, era pra acontecer, eu sabendo ou não. Mas e o medo de não sentir nada de novo? Entendem qual é exatamente o meu medo? Claro que, depois de passado o fato, eu puxei pela memória e percebi umas coisas que saíram dos trilhos, disfarçadamente, naqueles dias prévios. Mas assim, não foi nada que me fizesse ficar com a pulga atrás da orelha, eu estava toda zen naquela época, rs. Então, quando percebo, já estou procurando qualquer sinal de sintoma de que algo não vai bem. Durante a viagem, lá em Aracaju, senti umas dores de cabeça (que pode ter sido por
fome alimentação fora de hora, ou sono, ou a falta do meu óculos de leitura que não uso há tempos, porque quebrou), mas já senti um frio na barriga. Hoje eu acordei achando que meus peitos diminuíram, que minha barriga tá pequena, que um monte de coisas (aqueles sintomas de ontem sumiram em algum estágio do meu sono, acordei bem!). Até chorei. Minha mãe achou que eu tinha que ir no médico, contar dessa angústia, mas médico de plantão em ps eu prefiro não arriscar. Nessas horas eu sinto falta da Casa Angela, que era um lugar que eu poderia correr nesses momentos (eu estava deixando pra ir lá, ou decidir se iria, mais pra frente). E assim, até tem aquela clínica que eu faço ultra sem precisar agendar, mas queria um lugar melhor, com uma imagem mais bacana, sabem? Por isso não fui lá fazer o morfológico. E não quero correr pra lá a cada medinho que eu venha a sentir, pra verificar se tá tudo certo. Não vou usar isso de muleta, não faz bem nem pra mim e muito menos pro baby. Estou ocupando minha mente, tomando meu homeopático para acalmar o coração (tinha deixado de lado nessas férias) e seguindo em frente. Agora à tarde já estou bem melhor, posso até dizer que já sem o mesmo medo de cedo. Vou tentar levar assim até terça que vem e caso a coisa aperte demais, eu vejo o que faço. Mas já entendi duas coisas: a primeira é que todos os sentimentos passam, sendo bons ou não. A segunda: medo não salva ninguém. Independente do que eu faça, o que tiver que acontecer, vai acontecer. Porque isso não está nas minhas mãos. E de alguma forma, isso me deixa mais calma.

"minha primeira vez na praia"
"mamãe colocou a mão na minha frente, mas estou ali ó, estão vendo?"